quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

“Favela Fashion Week"

Vitrine, uma causa social!




INTRODUÇÃO

Através da moda, conhecemos os hábitos e os costumes dos vários períodos pelos quais passou a história das civilizações. A moda, embora existindo de forma quieta, no sub mundo da comunicação, registrou durante todos estes anos a forma de expressão de homens, mulheres e crianças, confirmando através de cortes,cores, quantidade e tipo de tecido a evolução dos povos.

Do simples algodão dos gregos até a seda da china - Estes tecidos estavam presentes em todos os períodos, causando encantamento quando eram descobertos por outros povos.

Acompanhando todos os avanços feitos pelo homem, os tecidos também mudaram, a forma de corta-los mudou e o volume de tecido destinado às vestimentas também mudou sensivelmente. A moda inverno, verão, outono e primavera entrou no circuito da exploração da novidade, acompanhando as necessidades do mercado ,produzindo a indústria do consumo e estímulando novas descobertas.

A moda natural está em alta. Unindo conciência ecológica e estlo alguns estlistas têm dedicado suas coleções á confecção de roupas com produtos orgânicos.A moda Orgânica , como é chamada, mostra que utilizar roupas de puro algodão é atual,ajuda o planeta e contribui com toda uma linha de produção desta fibra milenar, desde o beneficiamento dos plantadores, gerando uma melhor renda e boas condições sociais, até a última cadeia da rede. O resultado final, é exibido na passarela.

O G.R.C.E.S.M. M.E.L. do FUTURO promete surpreender no próximo carnaval! Com o enredo "Favela Fashion Week" - Vitrine, uma Causa Social, a agremiação mirim composta de 42 comunidades de baixa renda apresentará sua nova coleção na avenida.

No Mel a vida dita a MODA !

1º Setor - Moda Social

Nascemos - começa o nosso desfile pelo mundo que nos permite ver imagens em seqüência, aparentemente sem significado , mas capazes de causar vários impactos, ora pela cor, ora pelo som, ora pela intensidade da luz... É a primeira imagem do mundo, o primeiro contato com uma grande passarela que é a rua, começando com o primeiro desfile do bebê.

Essa passarela pouco a pouco vai fazendo sentido: a rua da minha casa, a rua da minha escola, a rua do meu bairro, a rua do trabalho... a rua que nos leva ao mundo. Cada rua traz diversos cenários diferentes, pessoas diferentes, formas diferentes de utilizar este espaço, que consegue transmitir o aspecto pessoal através de cortes e cores de cabelo (quando cortam ) ,blusas, saias, calças, shorts, bolsas, sapatos (quando os tem ) , sorrisos ( com ou sem dentes ) e ao mesmo tempo a expressão social, pois todos, com suas imagens, suas expressões e impressões, suas razões para estar ali naquele momento , formando uma grande massa humana, os MODELOS DA VIDA.

Um cenário se repete ao longo de toda vida: pessoas que passam pelas ruas e por todas as ruas que passam desfilam como modelos da vida. Esse é o primeiro cenário de comunicação popular. Ao entrar na rua, cada pessoa participa do que está acontecendo a sua volta, voluntáriamente ou não.

Pessoas olham pessoas, como modelos da vida, ou meros espectadores.

Também desfilam pela rua pessoas à procura de dignidade. Muitas estão acomodadas, conformadas com o que acontece na passarela da vida, reproduzem os manequins das vitrines, estáticos, não se sentindo capazes de intervir e criar uma nova moda. Outros, rompendo a dinâmica da acomodação, criam seus desfiles, mas reproduzem os modelos conhecidos. Na ausência de uma grande criação, a vida dita a moda. Hoje é a moda malabares, moda baleiro, moda mendigo, criada nas ruas, e a moda caveirão circulando no meio da população. Modas que revelam uma faceta da vida escondida atrás de mercadorias, pesada, quebra a passarela, entristecendo o público. É o mundo do desamparo, dos descuidado,das drogas, da ausência do poder público. Não é o mundo que todos queremos, por isto ficamos tristes, ao vermos através desta situação interromper o trajeto normal de muitas vidas desassistida.

Está na hora de mudar. Trazer a moda da reflexão, da educação, de fortalecer a construção da nova passarela apoiada pelos livros e pelas artes, arte dos artistas do mundo e arte de cuidar de si, de jogar, de brincar e de construir modelos e manequins desafiando a vida, acrobatas, malabaristas, mágicos, enfim, artistas da vida e da passarela chamada RUA..

2º Setor - Moda Protesto

O MEL do Futuro dita a moda, baseado no questionamento da história da construção de seus enredos, propõe a moda protesto, reforçando as suas raízes e utilizando seu lançamento para assinalar situações ou momentos que devem ter a atenção da população mundial. O enredo Favela Fashion Week tem a intenção de causar furor na passarela, por ser questionador, denunciador e visa conscientizar a população de que a reciclagem de resíduos e subprodutos da manufatura possa torná-las matérias-primas para geração de renda, visualizada através de trabalhos que vêem revelando talentos nas passarelas da vida e mantendo o foco no apoio a programas de sustentabilidade, preservação do meio-ambiente, inclusão e responsabilidade social. Essa moda é uma resposta à necessidade de consciência ecologia.

3º Setor - Moda Arte

A Arte muitas vezes realiza sonhos, sonhos que não são viabilizados do ponto de vista material, mas sonhos de ideal, de prazer, de riqueza, de deslumbramento. O irreal torna-se real, o inimaginável fica ao alcance de todos e a alegria contagia diante de um cenário produzido por várias mãos.

Essa é a essência do carnaval. Muitos trabalham, dedicam horas do seu dia com uma grande produção se infiltrando em cada etapa, durante os 360 dias do ano para ter como resultado uma cri~ção conjunta, cujo significado emocional repercute em quem trabalhou, em quem vai desfilar, em quem vai assistir, em quem vai cuidar de cada detalhe.

A alegria de participar e acompanhar a materialização de um sonho é como um balsamo, que alivia as feridas criadas pela dura realidade constante na passarela da vida. Um sonho que durará apenas cinco dias. Mas estes dias serão lembrados por toda a vida e trarão uma satisfação sem limite. São dias de folia para deslanchar no Carnaval.

O carnavalesco, um artista por essência, pesquisa, viaja e realiza no papel algo de dimensões inimagináveis, que pouco a pouco vai se materializando através de cada adereço, alegoria, fantasia e suntuosos carros alegóricos. A cada ano uma criação, uma história para contar, um material para pesquisar.

A pobreza, no início, era razão para criação alternativa, mas com o desgaste da natureza, esta mesma natureza passou a responder de modo mais severo há anos de maus tratos, então, o que era alternativo passou a ser reaproveitável, reabsorvido, passou a ser visto como solução criativa, sustentável, modernaresponsável e atual.

Os ritmos perfeitos para construir essa passarela estão no balanço do corpo, na habilidade do pé, gingando, chutando, sambando, numa explosão contagiante. Com a arte no pé e a emoção no coração a grande platéia da vida é convidada a entrar na MAIOR passarela e desfilar.

Criar, ousar e abusar da originalidade. O que mostraremos no decorrer do desfile é exatamente o que a moda nos permite. Um espetáculo criativo, grandioso, questionador, político e ousado, como só o M.E.L. do Futuro sabe fazer .

Pensar no FUTURO e na NOVA COLEÇÃO do MEL do FUTURO 2010 PARA O " FAVELA FASHION WEEK - Vitrine, uma Causa Social!!!!"

MODELOS DA VIDA, DAS ARTES E DOS SONHOS.



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